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Mielomeningocele

29/06/2021

A Mielomeningocele é a forma mais frequente de defeito no fechamento do tubo neural, que acontece nas primeiras semanas de gestação; e cuja causa é multifatorial. Pode ocorrer em qualquer local da medula, mas é sabido que quanto mais alto for o nível da lesão, maior será a dificuldade funcional. A incidência mundial é de 1 para cada 1000 nascidos vivos, e a recorrência para o segundo filho do mesmo casal é aumentada por isso se faz tão importante o aconselhamento genético e a suplementação via oral de ácido fólico pré gestacional.

O diagnóstico pode ser feito durante a gestação através da ultrassonografia onde se observam as alterações morfológicas na coluna e a movimentação dos membros inferiores. O ideal é realizar o fechamento da bolsa nas primeiras 24 horas após o nascimento.  A cirurgia para correção também pode ser feita intra-útero por fetoscopia, mas é preciso levar em consideração algumas contraindicações para este procedimento como idade gestacional avançada, gestação gemelar e presença de outras malformações evidentes. O objetivo cirúrgico é a reconstituição anatômica, preservação do tecido nervoso viável e redução do risco de infecção do sistema nervoso central.

Pode ser classificada em níveis funcionais conforme o comprometimento neurológico em: torácico (nível mais grave, sem movimentos ativos dos membros inferiores); lombar alto; lombar baixo; e sacral (nível mais leve).  Os sintomas estão relacionados à lesão das estruturas da medula, e se manifestam como fraqueza muscular, alteração da sensibilidade, alterações urológicas e intestinais. A presença de complicações associadas podem influenciar no prognóstico de marcha, como por exemplo: hidrocefalia, medula presa, alergia ao látex, úlcera por pressão, déficit cognitivo, deformidades ortopédicas. É importante ressaltar que o uso de mobiliário adaptado, órteses e auxiliares de marcha devem ser considerados de acordo com as necessidades de cada criança.

Cabe ao médico fisiatra, traçar os objetivos e acompanhar a reabilitação desta criança de forma individualizada junto com a equipe multiprofissional de terapias.

Por Fernanda Rocco, Fisiatra e mãe da Helena e do Miguel.

Para conhecer mais o trabalho da Fernanda é só acessar o instagram @drarocco_fisiatria

 

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