A maternidade é tão intensa e avassaladora, que, grande parte das mulheres que se tornam mães, vivem uma espécie de "pausa" nos seus outros papéis... É muito comum nos olharmos no espelho e não nos reconhecermos, não conseguirmos encontrar nossa própria identidade. 

Nossa perspectiva sobre a carreira muitas vezes muda, nosso relacionamento fica diferente, a diâmica da casa também... E aquela mulher de antes da gravidez, onde foi parar? Nosso corpo mudou, nossas prioridades, nossas responsabilidades, nossa maneira de olhar a vida. As vezes bate uma saudade da vida que tínhamos antes, da liberdade, do tempo, do menor número de preocupações. E logo vem uma espécie de culpa por sentir falta, já que a vida é muito mais completa agora, com um filho.

Sim, a vida é mais completa e amamos de forma incondicional nossos filhos, mas isso nada tem a ver com o fato de sentirmos falta da mulher, daquela que, por necessidade, vontade, ou circustâncias, cedeu todo, ou quase todo, seu espaço para a Mãe. E ok, não vamos nos culpar por isso, essa doação faz parte da maternidade, mas precisamos, em algum momento resgatar, reencontrar, ou reviventar essa mulher.

A maternidade não pode anular nossos múltiplos papéis... A gente precisa encontrar um certo equilibrio (não existe equilibro total), mas algo que balanceie melhor a energia que dedicamos às outras áreas da nossa vida. Afinal, para ser uma boa mãe, não precisamos ser "só" mães, também precisamos olhar pra mulher, paras as nossas próprias necessidades. Lembrem-se: 

"Antes de ser Mãe, você já era alguém, não se esqueça dela".

É uma tarefa fácil equilibrar esses "pratinhos"? Não, mas é possível e vale a pena o esforço, pois uma mãe feliz, cria filhos mais felizes.