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A história desencantada do home office

20/05/2021

Atualmente tem sido possível ver o relato de mães desgastadas fisicamente e emocionalmente, isso porque se antes já desempenhavam vários papéis estes por sua vez foram embaralhados com a vida em casa. 

Isso não quer dizer que home office não é produtivo, mas que requer adaptações, visto que esta configuração se fez necessária e em alguns casos obrigatório, mesmo não sendo o melhor modelo para determinado grupo. 

A história não contada, é que muitos pais que vivenciam essa modalidade de emprego se sentem ainda que em casa, pouco participativos na vida dos filhos e também muitas vezes não contentes com seu resultado no trabalho. E o que era para ser um ambiente de proteção, cuidado e descanso, passa a ser aversivo. Afinal, o lar remete a atividades profissionais, domésticas, maternidade/paternidade, até mesmo a docência na vida dos filhos.

Diante dessa configuração, muitos e muitas se veem esgotados e sufocados. Afinal, na ida para beber um copo d’ água se deparam com a necessidade de ir ao mercado, ao conectar a aula do filho se recorda do e-mail que precisa ser encaminhado com urgência, e nesse ritmo segue até o dia seguinte onde tudo continua.

 O convite que eu faço é perdoar-se e permitir-se lembrar que sempre deixamos uma mensagem, se está trabalhando está mostrando o exemplo da dedicação, se pede uma marmita está mostrando a importância de flexibilizar a rotina, se você lê antes de dormir está mostrando o valor da leitura, se descansa mostra que na vida o equilíbrio se faz necessário. 

Não se sinta culpada (o) por querer respirar outros ares, esse desejo não é uma exclusividade sua, é a realidade de tantos outros pais e também dos filhos, não porque você seja uma mãe ou pai ruim apenas porque somos seres sociais e carecemos de relações interações.

Então, se assim posso dizer, filhos também pedem férias dos pais hahhaha, férias bem curtas, onde choram para ficar mais uma festa, onde ligam incessantemente que querem ir para avó. 

E está tudo bem, assim como ser mãe e ser par pai é um dos papeis desempenhados pelo homem e pela mulher, ser filho é apenas uma das possibilidades de papeis sociais da criança (eles são alunos, amigos, irmãos). 

Então, acolha essa mãe/pai e profissional que você é, se não for possível saiba pedir ajuda, lembre-se que só é possível dar aquilo que se tem, sua primeira casa é você, se cuide para que as frustrações não atrapalhe apreciar e valorizar tudo que tem feito.  

Por Ana Carolina, Psicóloga Perinatal e da Parentalidade.

Para conhecer mais o trabalho da Ana Carolina é só acessar o instagram @saudeemocionalmaterna

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