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A descoberta do TEA

18/12/2019

Alice era um bebê extremamente sorridente - daqueles que sorriem até para as paredes - sociável, curiosa, comilona e feliz. Por volta dos 8 meses começamos a notar movimentos e sons que ela fazia com a boca e achávamos bonitinho, coisa de bebê.

Com 1 ano e seis meses, ela começou ir para a escola. Lá já no primeiro relatório começaram a notar pequenos detalhes na sociabilização, que ela preferia ficar sozinha ou com adultos do que com as crianças. Levamos a pediatra, que não desconfiou de nada. Mas meu seu sentido gritava! Com 2 anos, ela não falava quase nada, apenas papai e outras palavrinhas isoladas. Levamos ao Neurologista, o Dr. Saleme. Mesmo não notando durante a consulta nada anormal, encaminhou Alice para vários testes com terapia ocupacional, fonoaudiologia e psicologia. Essas profissionais fariam testes e por fim relatórios sobre as avaliações realizadas. No meu íntimo, eu já sabia que era autismo. Li, estudei muito a respeito e vi o quanto é difícil o diagnóstico em meninas. O laudo veio, autismo leve com bom prognóstico e sem deficiência intelectual. 

Leitura Complementar no Blog da Genial Care: Sinais de atraso no desenvolvimento da criança

É um baque para qualquer mãe, pois é um mundo para muitas desconhecido. Foi pensando nisso que criei contas em redes sociais a fim de apoiar essas mães que ficam muitas vezes perdidas, sem saber quem procurar, precisando desabafar ou trocar experiências. Também compartilho gratuitamente amplo material sobre o tema e digo, estudem! Sejam também terapeutas em casas de seus filhos e saibam que o diagnóstico é só um papel. Cada autista é único, diferente e sem igual. Quando bem trabalhado, pode se tornar uma pessoa independente, evoluir bastante e feliz. É isso que eu desejo e busco para minha filha. Fica a dica: mãe, notando qualquer comportamentos estereotipados, isolamento social, criança que não faz contato visual e atraso na fala, procure um médico. Leve consigo uma lista anotada desses comportamentos, fotos e vídeos. Busque ajuda e sempre tenha pensamento positivo!

Por Luciana Pires, mãe da Alice

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