Existe uma infinidade de objetos que trazem a promessa de “ajudar” os pais no dia a dia com o bebê. A redinha alimentadora é um desses. Ela foi desenvolvida com o objetivo principal de evitar que o bebê engasgue ao ingerir alimentos na introdução alimentar. Ela é semelhante a uma chupeta, e tem um bico com uma tela cheia de furinhos aonde o bebê põe a boca e chupa o liquido que sai dos alimentos. Mas será que isso realmente vale a pena?

Pense comigo: 

Um dos pontos mais importantes do início da alimentação sólida do bebê é que ele entre em contato com as diversas texturas dos mais variados alimentos, mas, quando estes são colocados na redinha, o bebê perde a oportunidade de adquirir este aprendizado.

Além disso, grande parte das fibras existentes nas frutas, que ajudam a regular o intestino do bebê, se perde com a redinha.

Ok, mas e quanto aos engasgos? Bom, os engasgos podem ser evitados com alguns cuidados básicos, como respeitar o momento certo de iniciar a introdução alimentar (após os 6 meses e após o bebê demonstrar todos os sinais de prontidão), alimentar a criança sempre sentada, oferecer os alimentos em cortes seguros, nunca deixar a criança se alimentar sem a supervisão de um adulto...

A criança precisa treinar desde o início a coordenação motora com o alimento dentro da boca para conquistar mecanismos de defesa, como colocar a comida para fora e evitar o engasgo. Usar a redinha não permitirá que ela faça isso.

Então, antes de comprar esse objeto, analise se vale mesmo a pena adquirir este item para o seu filho.

Por Fernanda Seleghini, Nutricionista Materno Infantil. Para conhecer mais o trabalho da Fernanda é só acessar o instagram @f.seleghini.nutri

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