Nosso cérebro passa por momentos de “morte” programada e previsível de neurônios a cada semestre ou ano nos primeiros 5 a 6 anos de vida. Essa morte é necessária para abrir espaço para novas conexões e vias neuronais mais adaptadas, para que o funcionamento cerebral se remodele e se abra a novos estímulos e sensações, possibilitando novas habilidades essenciais aos avanços adaptativos.

Esse processo de “destruição criativa” é chamado de Poda Neuronal. Se essa poda não ocorrer, o processo evolutivo sofre uma interrupção, podendo levar a uma regressão na aquisição de habilidades. É o que pode acontecer no Autismo, especialmente no subtipo regressivo, em que os sintomas aparecem mais tarde, entre 1 e 3 anos de idade.

Na Teoria da Poda Neuronal, pesquisadores propõem que que a poda, por algum motivo, não ocorre, e a criança perde funções antes aprendidas por congestionamento gerado por conexões inúteis. Esse fenômeno pode, inclusive, resultar em aumento de volume cerebral (já que leva à permanência de estruturas que deveriam desaparecer), explicando porque muitos autistas apresentam macrocefalia relativa.

Por Carolina Figueira, Psicopedagoga e Educadora Parental Certificada em Disciplina Positiva pela PDA, mãe do Santiago. 

Para conhecer mais o trabalho da Carolina acesse o instagram @psicomaternando

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Bendita indica!

Leitura complementar no Blog da Genial Care: "Autismo Regressivo"