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Olá mulheres, olá mães! Quando recebemos a notícia da gravidez nunca imaginamos tudo o que virá com o “pacote” não é mesmo? São recompensas e alegrias mil, mas também são novidades e desafios diários, situações que só experimentando para aprender como lidar. Muda nossa percepção de mundo, nossa autopercepção, nossas prioridades passam a serem outras e é natural que isso aconteça. E como é mais fácil quando nos permitimos aceitar tantas mudanças; algumas são temporárias e outras são radicais e vem para ficar. Graças a estas novas exigências que a vida nos apresenta crescemos como pessoas, amadurecemos, evoluímos como ser humano, cada uma no seu ritmo e cada uma dentro do seu aprendizado único.
Aprendi com a maternidade que PRECISAMOS ABRIR MUITOS ESPAÇOS. Abrir espaço na casa e arrumar um quartinho, abrir espaço nas gavetas e armários, abrir espaço na relação com a pessoa amada, abrir espaço no coração e nos dividir em mais um papel: o de cuidar de uma pessoinha especial que veio para ficar e ocupar o seu merecido espaço na nossa vida e na família.
Aprendi que O TEMPO NÃO É MAIS O MESMO: Não é que fica mais curto mesmo? Não é que às vezes não passa nunca? A sensação de tempo muda porque tem dias que é preciso largar tudo o que se pretendia fazer para dar atenção a uma dor, a um pedido, a uma necessidade mais urgente seja do bebê seja do filho crescidinho que continua ser filho com suas necessidades e exigências. E o “meu tempo” que também é uma prioridade e deve existir, a partir de agora precisa ser flexibilizado para que eu consiga dar atenção à ele(a), aos meus e à mim.
Aprendi com a maternidade a TER MAIS PACIÊNCIA e SER MAIS TOLERANTE COMIGO. Sim, porque de nada adianta eu me cobrar que não estou conseguindo render como antes, que a casa não é mais a mesma (agora tem bagunça e é para ter mesmo, casa com criança não é “show room para visitação”). Às vezes ele (a) dorme mais e eu consigo arrumar, outras não. Quem mesmo está cobrando que tudo esteja perfeito? Ahh, “eu”, não é mesmo? E aí as fases mudam, eu volto a conseguir fazer o básico que nos primeiros meses se tornou impossível (e é por isso que existe a rede de apoio para me ajudar), quando vejo já consigo fazer diferente, já arrumei um jeitinho e relaxei mais, curtindo mais o momento do que me exigindo ser autosuficiente ou infalível!
Aprendi que NÃO DAMOS CONTA DE TUDO e TUDO BEM! Lembra: a Mulher Maravilha “não” tinha filhos! Eu posso dizer que não estou conseguindo lidar com alguma coisa e receber apoio. Eu posso reconhecer que preciso de escuta e um espaço só para mim em meio ao mundo da maternidade. E não há nada de errado comigo: não sou incompetente ou fraca por precisar que alguém me estenda a mão e me dê uma força agora que me tornei mãe.
Aprendi que MINHA ROTINA MUDOU. Nos primeiros meses com um bebê nem tinha mais “a minha rotina”, tive que me adaptar a tudo novo. Mas aí o tempo vai passando, o bebê vai crescendo e a gente vai aprendendo a ser mãe, um pouquinho de cada vez, dia após dia, fases vêm e mudam constantemente e vou adaptando os horários, os afazeres, a vida social, o convívio em família a uma nova rotina. E, com isso, também prendi a ME TORNAR MUITO MAIS FLEXÍVEL e fazer a jornada mais leve, desfrutando mais mesmo diante das exigências constantes da maternagem. É fácil? Para algumas mulheres sim e para outras não. Inclusive a produção deste texto teve várias interrupções do meu pequeno. Mas saiu. Longe de ser perfeito, mas com muito afeto e empatia para vocês. E você, o que está aprendendo com a maternidade?
Até breve, nos vemos por aqui!
Por Luciane de Albuquerque Hörner, Psicóloga Perinatal e Parental, mãe do Rafael.
Para conhecer mais o trabalho da Luciane acesse o instagram @psico_luciane_horner.
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