Hoje vamos falar um pouco sobre a Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV). Um tema super em alta, porém muito confundido por aí.

Alergia alimentar é um termo utilizado para descrever as reações adversas aos alimentos, dependentes de mecanismos imunológicos, mediados por anticorpos (do tipo IgE) ou não.

Atualmente é considerada um problema de saúde pública, pois a sua prevalência tem aumentado no mundo todo, e é mais comum em crianças.

Na infância, os alimentos mais responsabilizados pelas alergias alimentares são: leite de vaca, ovo, trigo e soja, que em geral são transitórias. Menos de 10% dos casos persistem até a vida adulta.

E quais pode ser os sintomas?! Diversos! Entre eles: reações de pele (urticária, angioedema), gastrointestinais (doença do refluxo, vômito, diarreia, sangue nas fezes e até mesmo a constipação), respiratórios (broncoespasmo, coriza), inespecíficos (irritabilidade, cólica intensa, baixo ganho de peso) e reações sistêmicas (que são as mais graves e perigosas - anafilaxia e choque anafilático).

No quadro da alergia, a história clínica e o exame físico são fundamentais para o diagnóstico do paciente. Além disso, dependendo de cada caso e das informações obtidas, pode ser necessário realizar exames complementares para confirmação/exclusão do diagnóstico.

A base do tratamento da alergia alimentar é essencialmente nutricional e está apoiada sob dois grandes pilares:

1. A exclusão dos alérgenos alimentares responsáveis pela reação, com a sua substituição adequada.

2. A utilização de dietas hipoalergênicas para as mães dos lactentes que estão em Aleitamento Materno Exclusivo ou Fórmula Especial para os bebês que por alguma razão usam mamadeira.

Fonte: Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar 2018 - ASBAI http://aaai-asbai.org.br/detalhe_artigo.asp?id=851

Alguma dúvida?! Converse sempre com o seu Pediatra ou procure um Gastropediatra para saber mais a respeito!

Por Dra. Camila Maria, Gastropediatra.