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Afogamento Infantil

05/02/2021

Afogamento é a segunda principal causa de morte e a sétima causa de hospitalização por motivos acidentais em crianças até quatro anos. Normalmente ocorre de maneira rápida e silenciosa, em um momento em que a criança encontra-se sem supervisão. Em situações de risco como queda e desequilíbrio em piscinas, águas naturais e ambientes domésticos, crianças desta faixa etária podem se afogar pois possuem a cabeça mais pesada que o corpo e não possuem força suficiente para se levantarem sozinhas.

Seguem importantes dicas de prevenção.

* Mantenha supervisão por um adulto de forma ativa e constante 100% do tempo, é recomendado que este adulto fique a uma distancia máxima de um braço da criança. Nunca deixe crianças sozinhas quando estiverem dentro ou próximas da água, nem por um segundo. Explique que brincadeiras de empurrar, pular e prender a respiração debaixo d’água não devem ser feitas.

* Toda piscina deve ser cercada por uma barreira física (cerca/muro) de pelo menos 1.20cm de altura em toda sua volta, fechada com trava de segurança. Atenção a objetos próximos que as crianças possam usar para escalar e pular essa barreira. Atenção! Capas de piscina garantem mais proteção, mas não eliminam o risco de acidentes. Evite deixar brinquedos perto da piscina ou dentro d’água. Eles podem chamar a atenção das crianças e fazer com que elas se arrisquem para pegá-los. Antes de entrar na piscina, veja onde estão localizados os ralos e bombas de sucção, mostre para a criança e explique sobre os riscos. Se a criança tem o cabelo mais comprido, vale a pena prender ou usar touca de natação.

* Colete salva-vidas é o equipamento mais seguro para evitar afogamento e é importante que seja no tamanho adequado para a criança. Boias e outros equipamentos infláveis passam uma falsa segurança, mas podem virar a qualquer momento ou até mesmo estourar. É recomendado que, sempre que possível, toda criança faça aula de natação e aprenda a nadar. Atenção! Não superestime a habilidade da criança em saber nadar, ela sempre vai precisar de supervisão por um adulto. Ensine as crianças que nadar sozinhas, sem ninguém por perto, é perigoso.

* Em rios, lagos, praias, cachoeiras e represas verifique as condições da água, tenha cuidado com pedras, correntes e ondas; respeite as placas de proibições e as orientações dos salva-vidas. Não ultrapasse seus limites, e só vá até onde tanto você como a criança consigam ficar em pé e em segurança.

* Deixe a porta do banheiro e da lavanderia fechada ou trancada por fora e mantenha a tampa do vaso sanitário baixada (se possível, lacrada com um dispositivo de segurança). Depois do uso, mantenha vazios, virados para baixo e fora do alcance das crianças baldes, bacias, banheiras e piscinas infantis. Crianças pequenas podem se afogar em qualquer recipiente com mais de 2.5cm de água ou outros líquidos. Mantenha cisternas, tonéis, poços e outros reservatórios domésticos sempre trancados.

Do ponto de vista clínico, bastam apenas dois minutos com a cabeça submersa para a criança perder a consciência, e quatro minutos para sofrer danos irreversíveis ao cérebro. Afogamentos podem ser prevenidos! Ajude a compartilhar essa informação para que novas famílias não passem por esta situação.

Fonte: Criança Segura Brasil.

Por Fernanda Rocco, Fisiatra e mãe da Helena e do Miguel.

Para conhecer mais o trabalho da Fernanda é só acessar o instagram @drarocco_fisiatria.

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