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A alimentação da mãe influencia o paladar do bebê?

12/08/2020

A gravidez é um período especial na vida de qualquer mulher. Até o momento em que o bebê anuncia a chegada, sobram ansiedade, dúvidas e preocupações nas nossas cabeças. Entre as mais comuns, estão aquelas sobre alimentação. Afinal, o que não pode faltar no meu prato? Devo fazer quantas refeições por dia? 

Alimentação equilibrada é um hábito recomendado para toda a vida. Durante a gestação, a nossa responsabilidade quanto à alimentação aumenta, uma vez que implica diretamente no perfeito desenvolvimento do bebê. 

Antes de mais nada, é fundamental destacar que não existe uma fórmula aplicável a todas as mulheres. O organismo de cada uma de nós é que vai determinar nossas necessidades. Porém, há recomendações que podem ser consideradas universais, como a moderação no dia a dia. Aquele velho discurso de que precisa comer por dois já caiu por terra. 

A má alimentação pode trazer diversas consequências negativas à saúde da mãe e do bebê. A lista de problemas relacionados aos maus hábitos alimentares inclui riscos durante o parto, ao desenvolvimento da criança, tendência à obesidade, doenças cardiovasculares e diabetes. 

Sendo assim, a gestação é um excelente período para desenvolvermos novos e melhores hábitos alimentares. Muitas vezes esses novos costumes permanecem após o parto, proporcionando mais qualidade na alimentação não só da mãe, mas de toda a família. 

Afinal, uma alimentação adequada vai fornecer os nutrientes necessários durante toda a gestação e servirá para a nutrição através da placenta do feto, que depende destes nutrientes para crescer e se desenvolver. 

Durante nove meses, a sua alimentação será a chave para a sua saúde e para o desenvolvimento adequado do seu bebê. Por isso é essencial que preste muita atenção ao que você coloca no prato. 

Muitas de nós, mulheres, passamos a vida toda sem nos preocuparmos com a qualidade da alimentação. Acabamos dando prioridade a outras questões em nossas vidas. Mas, quando nos tornamos mães, muitas dúvidas pairam sob as nossas cabeças.

Costumo dizer que somos todas responsáveis pelas nossas escolhas. Entretanto, quando nos tornamos mães as nossas escolhas acabam influenciando diretamente os resultados de nossos filhos. E, muitas vezes, acabamos sendo as facilitadoras para que isto aconteça tanto para os bons, quanto para os maus hábitos.

Então, minha dica é: aproveite este lindo momento da maternidade para modificar seus hábitos, pois eles vão proporcionar bons nutrientes que servirão para formação do seu filho. Desta forma você estará lhe oferecendo saúde!

Os hábitos alimentares são criados a partir de muitas influências genéticas e ambientais. Há quem diga que existam predisposições genéticas para se gostar ou não de determinados alimentos, assim como demonstrar maior interesse para gostos e sabores herdados dos pais. Estas influências genéticas vão sendo desenvolvidas pelas vivências ao longo da vida.

Se puxarmos na nossa memória, o que nossos pais comiam? A alimentação deles lhe influenciou de alguma maneira?

Eu digo que sim! Pois trazemos na nossa bagagem os hábitos da nossa infância, como se eles ficassem gravados na memória. Quem nunca lembrou da “vó” quando viu um doce que ela costumava fazer? É inegável que a alimentação esteja atrelada às nossas emoções.

Ainda no ventre materno, o bebê já começa a sentir o aroma dos alimentos, que são transmitidos via líquido amniótico. E quando a criança nasce, isto se perpetua através do leite materno que reflete a alimentação da mãe.

Um dado muito interessante a respeito da amamentação é que os bebês alimentados no seio materno costumam ter maior aceitabilidade a novos alimentos. Acredito que este fenômeno aconteça justamente por causa da variedade de alimentos consumidos pela mãe.

Outro dado interessante revelou que as gestantes que se queixavam de náuseas e vômitos matinais bem acentuadas, após o parto perceberam que seus bebês tinham maior aceitação aos alimentos salgados.

Acho importante dizer que os hábitos alimentares, e a relação das crianças com os alimentos e suas características sensoriais, iniciam-se ainda no ventre. Por isto é fundamental que as mães tenham acesso a este conhecimento.

Por Kamila Boff, Nutricionista e mãe da Rafaella

Para conhecer mais o trabalho da Kamila é só acessar o instagram @nutrikamilaboff

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